Você já deve ter ouvido falar em algum lugar que você deveria dar raise para punir draws, ou para negar boas odds para seus oponentes persegui-los. Vamos direto ao ponto: É bom apostar e colocar dinheiro na mesa quando você está a frente, é bom apostar o suficiente para dar odds erradas para os oponentes perseguirem seus draws – mas você provavelmente não deveria dar raise em seus oponentes mesmo se suspeitar que eles estão em um draw.
Em poucas palavras: aposte para punir draws, mas não dê raise para punir draws.
O problema é que quando você tem uma mão que quer levar ao showdown, como um overpair ou top pair – e aplica raise em seu oponente que você suspeita estar semiblefando (mas não tem certeza) é que ele tem a opção de dar re-raise com seus monstros ou só dar call com os draws. Isso é verdade tanto para limit como para no-limit. De fato, dependendo das tendências de seu oponente, você pode ter até 75% de certeza que ele está semiblefando e ainda assim seria errado dar raise. Vamos olhar um exemplo:
Um flop em heads-up onde você deu raise pré-flop contra o BB. Você tem AA, o board mostra T92 com dois copas e um espadas. Você aposta e o oponente no BB dá call. O turn é um 5 de espadas. Seu oponente sai apostando. Mesmo se você suspeitar que ele está semiblefando na esperança de pegar o pote contra um a-high que não melhorou ou alguma mão similiar, você ainda não deveria dar o raise. Se nós esperamos que o range dele seja um grande draw (open ended straight draws, flush draws) assim como pode ser dois pares ou set, então temos esta previsão:
Metade das vezes, você ganha 80% das vezes
Metade das vezes, você ganha cerca de 10% das vezes
Na média, ele tem a vantagem. Isso sozinho já basta para sabermos que não devemos dar raise. Mas e se as chances dele estar semiblefando fossem de 2/3?
2/3 das vezes, você tem 80% de chances de vitória
1/3 das vezes, você ganha cerca de 10% das vezes
Claro, agora temos um edge, mas somente até o momento em que damos o raise! Imediatamente após subirmos a aposta nosso oponente tem o edge novamente, mas um terço das vezes ele ainda pode aplicar um re-raise com uma mão que destrói a nossa. O fato é que quando damos raise estamos passando a vez das apostas para ele novamente, e isso faz a diferença. Nós realmente não podemos lutar contra o semiblefe com agressão. De fato, não existe uma defesa contra um semiblefe além de dar o call e reavaliar o river. Em um grande pote, ocasionalmente fazer uma blocking bet com um grande draw, pode ser bom se você fizer também o mesmo as vezes com grandes mãos (como sets). Se seu oponente te der raise quando você tem o draw, você estará com problemas – mas as vezes que ele fizer isso e você tiver uma grande mão, ele terá perdido um stack.
Perceba que isso tudo não vale quando os stacks são menores do que o raise inicial, e vai colocar algum dos dois em all-in. O perigo está em receber um re-raise, não em aplicar um raise. Se você tirar a habilidade do re-raise de seu oponente, você preciso apenas dos habituais 50% para tornar a jogada lucrativa.
A conclusão é: se você nunca semiblefa ou toma a iniciativa com draws, considere experimentar para sentir como a jogada se desenvolve. Ocasionalmente também faça isso com grandes mãos. Se seu oponente tomar a iniciativa em você em um board drawy, quando sua mão é vulnerável e ele tem ou uma grande mão ou apenas um draw, você não deveria dar o raise.
Artigo traduzido e adaptado do original: Fighting the semibluff
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Então leia esse tópico (inteiro), por gentileza.
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